CATÓLICA

CATÓLICA

 

A Igreja Católica é uma entidade que tem dois milênios de história, sendo uma das instituições mais antigas do mundo contemporâneo. Historicamente, as críticas a esta Igreja já tiveram muitas formas e partiram de diversos pressupostos ao longo das gerações. Algumas vezes essas críticas tiveram grandes conseqüências, como as contestações morais e teológicas de Martinho Lutero no século XVI, que levaram ao nascimento do protestantismo.

No contexto actual, as críticas tendem a centrar-se em dois pontos. Em primeiro lugar, a história dessa instituição possui episódios que, em maior ou menor grau, são vistos por muitos como injustos e em contradição com a mensagem cristã que a fundamenta. Um outro aspecto importante é que muitos dos conceitos e modelos de comportamento adotados na sociedade atual parecem estar se distanciando de seus ensinamentos (ou em oposição a eles). Tal distanciamento é notável em temas como bioética, sexualidade, matrimônio, a aplicação da pena de morte, entre outros.

O fato de já ter havido graves erros por parte de membros da Igreja é reconhecido pela própria instituição e, no contexto do Jubileu dos 2000 anos, a levou a pedir perdão por tais atos praticados no passado.

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Organização por região

A unidade geográfica e organizacional fundamental da Igreja Católica é a diocese (chamada eparquia nas Igrejas Orientais). Estas correspondem geralmente a uma área geográfica definida, centrada numa cidade principal, e é chefiada por um bispo. A igreja central de uma diocese recebe o nome de catedral, da cátedra, ou cadeira, do bispo, que é um dos símbolos principais do seu cargo. Dentro da diocese ou eparquia, o bispo exerce aquilo que é conhecido como poder ordinário, ou seja, autoridade própria, não delegada por outra pessoa. (Os membros de algumas ordens religiosas são semi-independentes das dioceses a que pertencem; o superior religioso da ordem exerce jurisdição ordinária sobre eles.) Embora o Papa nomeie bispos e avalie o seu desempenho, e exista uma série de outras instituições que governam ou supervisionam certas actividades, um bispo tem bastante independência na administração de uma diocese ou eparquia. Algumas dioceses ou eparquias, geralmente centradas em cidades grandes e importantes, são chamadas arquidioceses ou arquieparquias e são chefiadas por um arcebispo metropolitano. Em grandes dioceses (ou eparquias) e arquidioceses (ou arquieparquias), o bispo é frequentemente assistido por bispos auxiliares, bispos integrais e membros do Colégio dos Bispos não designados para chefiá-las. Arcebispos, bispos sufragários (designação frequentemente abreviada simplesmente para "bispos"), e bispos auxiliares, são igualmente bispos; os títulos diferentes indicam apenas que tipo de unidade eclesiástica chefiam. Muitos países têm vicariatos que apoiam as suas forças armadas (ver Ordinariato Militar).

Quase todas as dioceses ou eparquias estão organizadas em grupos conhecidos como províncias eclesiásticas, cada uma das quais era chefiada por um arcebispo metropolitano. Existem também as conferências episcopais, geralmente constituídas por todas as dioceses de um determinado país ou grupo de países. Estes grupos lidam com um vasto conjunto de assuntos comuns, incluindo a supervisão de textos e práticas litúrgicas para os grupos culturais e linguísticos da área, e as relações com os governos locais. A autoridade destas conferências para restringir as actividades de bispos individuais é limitada. As conferências episcopais começaram a surgir no princípio do século XX e foram oficialmente reconhecidas no Concílio Vaticano Segundo, no documento Christus Dominus.

As dioceses ou eparquias são divididas em distritos locais chamados paróquias. Todos os católicos devem frequentar e sustentar a sua igreja paroquiana local. Ao mesmo tempo que a Igreja Católica desenvolveu um sistema elaborado de governo global, o catolicismo, no dia a dia, é vivido na comunidade local, unida em prece na paróquia local. As paróquias são em grande medida auto-suficientes; uma igreja, freqüentemente situada numa comunidade pobre ou em crescimento, que é sustentada por uma diocese, é chamada "missão".

A Igreja Católica sustenta muitas ordens (grupos) de monges, não necessariamente ordenados, e freiras que vivem vidas especialmente devotadas a servir Deus. São pessoas que se juntaram sob um determinado sistema a fim de atingir a perfeita comunhão com Deus.

Liturgia e Prece

O ato de prece mais importante na Igreja Católica é a liturgia Eucarística, normalmente chamada Missa. A missa é celebrada todos os domingos de manhã na maioria das paróquias Católicas; no entanto, os católicos podem cumprir as suas obrigações dominicais se forem à missa no sábado à noite. Os católicos devem também rezar missa cerca de dez dias adicionais por ano, chamados Dias Santos de Obrigação. Missas adicionais podem ser celebradas em qualquer dia do ano litúrgico, excepto na Sexta-feira Santa, pois neste dia não celebra-se a Missa em nehuma igreja católica do mundo. Muitas igrejas têm missas diárias. A missa é composta por duas partes principais: a Liturgia da Palavra e a Liturgia da Eucaristia. Durante a Liturgia da Palavra, são lidas em voz alta uma ou mais passagens da Bíblia, acto desempenhado por um Leitor (um leigo da igreja) e pelo padre ou diácono. O padre ou diácono lê sempre as leituras do Evangelho. Depois de concluídas as leituras, é feita a homilia por um padre ou diácono. Nas missas rezadas aos domingos e dias de festa, é professado por todos os católicos presentes o Credo, que afirma as crenças ortodoxas do catolicismo. A Liturgia da Eucaristia inclui a oferta de pão e vinho, a Prece Eucarística, durante a qual o pão e o vinho se transformam na Carne e Sangue de Cristo, e a procissão da comunhão.

Igreja Católica no mundo contemporâneo

Na sociedade ocidental, mas não ao nivel mundial, a Igreja Católica, como muitas outras denominações cristãs, assistiu a um rápido declíneo na sua influência global no fim do século XX. Crenças doutrinárias rígidas em matérias relacionadas com a sexualidade humana são pouco atraentes num mundo ocidental secularizado onde a diversidade de práticas sexuais e a igualdade dos sexos são norma. A Igreja Católica Apostólica Romana, anteriormente influente nesta parte do globo terrestre, perdeu muita da sua influência, principalmente em lugares onde em tempos desempenhou um papel de primeira importância, como o Quebec, a Irlanda ou a Espanha. A generalidade população abraçou a ideia do secularismo e tentou diminuir a influência da Igreja na sociedade. Ao mesmo tempo, no entanto, o Catolicismo, principalmente o latino, vem experimentando uma dramática adesão em África e em partes da Ásia. Ao passo que em tempos os missionários católicos romanos oriundos do Ocidente serviam como padres em igrejas africanas, em finais do século XX havia um número crescente de países ocidentais que já recrutavam padres africanos para contrabalançar a redução nas suas próprias vocações.

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Igreja Católica

 A Igreja Católica é a maior denominação religiosa (organização religiosa) do Cristianismo, com mais de um bilhão de fiéis. Chama-se também a Igreja Católica Romana e Igreja Católica Apostólica Romana. Ela se autodefine pelas palavras do Credo, como: una porque nela subsiste a única instituição verdadeiramente fundada e encabeçada por Cristo para reunir o povo de Deus, porque ela tem como alma o Espírito Santo, que une todos os fiéis na comunhão em Cristo e porque ela tem uma só fé, uma só vida sacramental, uma única sucessão apostólica, uma comum esperança e a mesma caridade; santa porque ela é a Esposa de Cristo (Cristo entregou-se por ela), por sua ligação única com Deus, o seu autor, e que visa, através dos sacramentos, santificar, purificar e transformar os fiéis; católica porque ela é universal, é espalhada por toda a Terra, é portadora da integralidade e totalidade do depósito da fé e nela está presente Cristo ("Onde está Cristo Jesus, aí está a Igreja Católica", citação de S. Inácio de Antioquia); apostólica porque ela é fundamentada na doutrina dos apóstolos cuja missão recebeu sem ruptura.

 

A Igreja Católica é constituída por 23 Igrejas autónomas (sui juris), em ligação umas com as outras e subordinadas ao Papa, também chamado de Bispo de Roma, na sua qualidade de Sumo Pontífice da Igreja Universal, segundo a doutrina tradicional católica. Estas igrejas autônomas professam a mesma doutrina e fé, salvaguardada na sua integridade e totalidade pelo Papa. Mas, elas possuem diferentes particularidades histórico-culturais, uma tradição teológica e litúrgica diferentes e uma estrutura e organização territorial separadas.

 

A Igreja Católica é muitas vezes confundida com a Igreja Católica Latina, uma das 23 Igrejas autónomas da Igreja Católica. O actual Bispo de Roma e Papa é Bento XVI, eleito em 19 de Abril de 2005, como sucessor do Papa João Paulo II. Seu nome de batismo é Joseph Ratzinger. De acordo com a doutrina tradicional da Igreja Católica, o Papa, Bispo de Roma, seria sucessor de S. Pedro, sendo este o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade da Igreja Universal, de acordo com a doutrina tradicional da Igreja Católica. De acordo com essa doutrina, o papa seria o vigário de Cristo, cabeça do colégio dos Bispos e pastor de toda a Igreja, sobre a qual, por instituição divina, teria poder, pleno, supremo, imediato e universal.

 

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Santíssima Trindade

 A Trindade é a doutrina acolhida pela maioria das igrejas cristãs que acredita no único Deus subsistente em três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Para os seus defensores, é um dos dogmas centrais da fé cristã sendo considerado um dos mistérios mais difíceis de interpretar e compreender. As denominações cristãs trinitárias consideram-se monoteístas. As outras duas grandes religiões monoteístas, o Judaísmo e o Islamismo, bem como algumas denominações cristãs, não aceitam a doutrina trinitária.

Fundamentos Bíblicos A doutrina trinitária professa que o conceito da existência de um só Deus, onipotente, onisciente e onipresente, revelado em três Pessoas distintas, pode-se depreender de muitos trechos da Bíblia. Um dos exemplos mais referidos é o relato sobre o batismo de Jesus, em que as chamadas "Três Pessoas da Trindade" se fazem presentes, com a descida do Espírito Santo sobre Jesus, sob a forma de uma pomba, e com a voz do Pai Celeste dizendo: "Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo" (Lucas 3:22; Mateus 3:17) e na fórmula tardia, mas canónica, de Mateus 28:19: Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo». Sublinha-se que o termo "Trindade" não se encontra na Bíblia.

Ainda segundo os seguidores desta doutrina, ao longo da Bíblia há todo um conjunto de passagens que revelam quer a divindade, quer a personalidade de cada uma das três pessoas divinas: No que concerne à divindade de Deus-Filho, referem-se, por exemplo, à sua onisciência (Colossenses 2:3), à sua onipotência (Mateus 28:18), à sua omnipresença (Mateus 28:20), ao facto de perdoar os pecados (Marcos 2:5a 7; conferir a afirmação de Isaías 1:18) e ser dador da vida (João 10:28) em íntima unidade - e não igualdade - diferenciada com o Pai: Eu e o Pai somos um» (João 17:21e 22). Contudo, mais do que estas simples passagens isoladas, a afirmação da plena divindade de Jesus - pois a sua personalidade nunca foi seriamente posta em causa - é o resultado da reflexão, na Fé, sobre a sua missão redentora; No que concerne à divindade do Espírito Santo, os seguidores desta doutrina, reportam-se, por exemplo, à sua omnisciência (1 Coríntios 2:10-11), à sua omnipotência (1 Coríntios 12:11), à sua omnipresença (João 14:10) e sobretudo ao facto de ser Espírito "de" verdade (João 16:13) e "de" vida (Romanos 8:2), prerrogativas que, tais como as apresentadas para Deus-Filho, segundo a Bíblia são única e exclusivamente divinas; No que concerne à personalidade do Espírito Santo,a terceira pessoa da Trindade, assunto que foi muito debatido ao longo dos primeiros séculos do cristianismo, é comum referirem-se aos atributos d'Este que, tal como os que no Antigo Testamento são aduzidos para a personalidade do Deus do Antigo Testamento, YHWH - cuja divindade e personalidade nunca foram alvo de críticas substanciadas entre os cristãos -, testemunham o seu caracter pessoal: Ele glorificará Cristo (João 16:14); ensina a comunidade e os fieis (Lucas 12:12), distribui os dons segundo o seu desígnio (1 Coríntios 12:11), fala nas escrituras do Antigo Testamento (Hebreus 3:7; 1 Pedro 1:11-12), é enviado pelo Pai em nome de Jesus aparecendo como distinto de ambos pois não é Cristo sob outra forma de existência, mas seu interprete ou testemunha (João 15:26).

Mas mais importante do que as passagens isoladas é o conjunto que revela-O como Aquele que tem a missão de recordar, universalizar e realizar em cada pessoa a obra de Jesus, o que não ocorre mecanicamente, mas somente onde houver a liberdade do Espírito, dado que «onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade» (2 Coríntios 3:17). Para os cristão trinitários, esta liberdade do Espírito exclui que Este possa ser um princípio impessoal, um meio ou instrumento, mas antes pressupõe a sua independência relativa.

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Postado por Edgar às 16:39 3 comentários

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Papas

 Breve Histórico

264 papas reinaram na história da Igreja Católica desde o primeiro, Simão Pedro, quemorreu como mártir no ano 64 depois de Cristo, até o polonês João Paulo II.

Na lista, aparecem apenas 262 nomes, já que um deles, Bento IX, reinou três vezes. Eleito em 1032, foi deposto em 1044. Recuperou o trono de Pedro em 1045, ano em que abdicou, para depois voltar em 1047 e ser deposto definitivamente um ano depois. Se Bento IX foi o último papa a ser destituído, não foi o único. Sete tiveram o mesmodestino antes dele. O papa Silvério (536-537) foi o primeiro. Cinco abdicaram. No total, 21 papas morreram como mártires e outros nove sob o martírio.Quatro faleceram no exílio e um na prisão. A esta lista, somam-se nove pontífices que desapareceram em circunstâncias violentas: seis assassinados, dois mortos devido a ferimentos durante revoltas e um pelo desabamento do teto do local onde estava. Oitenta e cinco papas foram santificados. Outro sete papas foram beatificados.

O anuáriopontifício reconhece também 37 antipapas (entre eles São Hipólito) e mais duas figurascitadas nas notas de páginas. O nome de Estevão não aparece no anuário porque morreu poucas horas depois da eleição. O pontificado de Urbano VII foi o mais curto da história da Igreja, durou 13 dias. O reinado mais longo, 34 anos, foi o de São Pedro, o príncipe dos apóstolos. Depois,somente Pio IX reinou mais de 30 anos (de junho de 1846 a fevereiro de 1878). Treze papas reinaram mais de 20 anos, mas a média dos pontificados é de 8 anos. Desde Simão Pedro, o período mais longo sem um papa foi de três anos, sete meses eum dia (de 26 de outubro de 304 a 27 de maio de 308), entre Marcelino e Marcelo I.


Conclave

A criação do conclave, em 1274, deve-se justamente à demora para escolher o sucessor de Clementino IV. Já tinham se passado dois anos e nove meses de deliberações, quando oshabitantes de Viterbo, cidade onde os eclesiásticos estavam reunidos, resolveram trancá-los e mantê-los a pão e água para acelerar a decisão. Gregório X regulamentou a prática, que foi submetida a 53 reformas.No início dos anos 70, Paulo VI fixou em 120 o número máximo de cardeais eleitores, cuja idade não pode superar os 80 anos.A regra de eleição por maioria de dois terços, e mudada por João Paulo II para 50% mais um, foi imposta por Alexandre III, em 1180.Este mesmo pontífice criou o Sacro Colégio dos Cardeais, cujo número mudou de dezpara 20 no curso de três séculos. Em 1585, Sisto V aumentou o número para 70,em honra aos 70 anciões que assistiram Moisés. O número foi modificadooutra vez séculos depois, por João XXIII.


Nomes dos Papas

Ao deixar seu nome de batismo, para chamar-se João Paulo II, Karol Wojtyla relançouum antigo hábito iniciado por Gregório V em 996 e seguido por 131 de seus 133 sucessores.Antes do século X, somente seis papas mudaram o próprio nome por diferentes motivos,como João II (532).Depois de Simão da Galiléia, nenhum papa adotou o nome de Pedro. Paulo XIV (983), que foi batizado assim, não quis quebrar o que muitosconsideravam um tabu. O nome mais empregado é João (23 vezes), seguido por Gregório (16), Bento (15), Clementino (14), Leão e Inocêncio (13) e Pio (12).Dos 262 papas, 210 nasceram na Itália, 99 deles em Roma. Dos 52 restantes,16 franceses (segundo as fronteiras atuais), 12 do antigo mundo grego, seis da Síria etrês da Palestina, cinco da atual Alemanha, três da Espanha e a mesma quantidadeda África e um da Inglaterra, Portugal, Holanda e Polônia.

O poder dos papas na Idade Média alcançou uma magnitude dificilmente avaliável nosdias de hoje. Basta lembrar que o papa Bonifácio VIII, em seu curto reinado de 1294a 1303, sentiu-se muito à vontade para emitir uma bula liberando os clérigos de impostos,e uma outra onde declarava que o poder espiritual e temporal dos papas erasuperior ao dos reis...O poeta Dante visitou Roma durante o seu reinado e parece não ter comungado dessaopinião, pois logo depois descreveu o Vaticano como “esgoto da corrupção”. No século XIII, o pontífice romano dispunha de mais vassalos feudais do que qualqueroutro suserano, e a lei canônica era aplicada indistintamente a todos os países cristãos docontinente europeu. Qualquer súdito suspeito de heresia era taxado por Roma não apenasde inimigo da fé, mas de “inimigo da sociedade”!O poder do papa era tão imenso nesse período, que acabou dando origem ao chamado“Grande Cisma”, o qual manteve a Igreja dividida entre os anos de 1378 a 1417.O que aconteceu foi que o papa eleito em 1378, Urbano VI, se opôs aos cardeais nãoitalianos, que, devido a isso, resolveram eleger por conta própria um outro papa,Clemente VII, suíço de nascimento.Urbano VI era apoiado pela Inglaterra, Polônia, Dinamarca e Suécia, enquantoque Clemente VII contava com o apoio da França, Escócia e países ibéricos.A sede de Urbano VI era Roma, a de Clemente VII a cidade de Avignon, na França. Nessa época, todo europeu encontrava-se excomungado por um papa ou pelo outro caso não se submetessem, e cada lado acusava o outro de ser o Anticristo. Com o propósito de resolver o impasse, visto ter fracassada uma singela tentativa desolução pelas armas, o Concílio de Pisa, com apoio da Universidade de Paris,elegeu o papa Alexandre V em 1409, que não pôde resolver o caso porque inoportunamentemorreu logo em seguida, tendo sido substituído pelo primeiro João XXIII. Embora declarados ilegítimos pelo Concílio, os dois papas anteriores, o de Roma e ode Avignon, mantiveram-se firmes em seus postos, de modo que a Igreja passou acontar nessa época com três Vigários de Cristo a zelar pela doutrina, cada qual seesmerando em anátemas e excomunhões. O conflito só serenou quando o Concílio de Constança (1415 – 1418) se reuniu e depôsos três papas briguentos, elegendo um quarto, Martinho V, daí novamente o únicopontífice universal, reconhecido por todos, e com isso a pax romana retornou aoseio da Igreja de Roma.

O termo pontíficeEsse termo provém do vocábulo pontifex – “construtor de pontes”, título sacerdotal usadonos ritos pagãos da Roma antiga, designando aquele que, por seu ofício de sacerdote,formava o elo ou ponte entre a vida na Terra e no Além.A forma pontifex maximus (sumo pontífice) era uma das expressões do culto divino dirigidoao imperador romano, e apenas a este. Unicamente o imperador era o pontifex maximus.Essa denominação foi surrupiada pelo papado pouco depois do seu início, na gestãode Leão I, chefe da Igreja entre os anos 440 e 461. Foi ele quem deu início à concorrida linhagem de césares papais ao tomar para si o títulode “sumo pontífice”, encantado com a magnificência do rótulo.Podemos afirmar que o Império Romano nunca se extinguiu de fato, mas continuouexistindo, inclusive sob esse mesmo nome, até a idade moderna. A única diferença é que seus súditos e vassalos não eram mais constrangidos pela lança eos louros do imperador, mas pelo báculo e a mitra do bispo de Roma.

Quase nada mudou. O costume de manter arquivos papais deriva da prática imperial romana, e o transporte do papa no alto, na chamada sediagestatoria, é igualmente um meio de transporte oriundoda Roma antiga.Mesmo o Código de Direito Canônico foi inspirado no Direito Romano.Até recentemente, qualquer um que não comungasse da fé católica tornava-se efetivamente um novo “bárbaro” aos olhos da Igreja e do mundo ocidental. E tal como seu antecessor, o atual Império Romano da Igreja, fundado em concepções errôneas das palavras de Cristo, foi igualmente conservado pelo medo eexpandido pela força.

A Terminologia "Papa"O termo “papa” é formado pela junção das primeiras sílabas de duas palavra latinas:pater patrum – “pai dos pais”. A própria História comprova como muitos papas – os “pais dos pais” da Igreja – mandaramutilizar paternalmente o punhal e o veneno, contra seus próprios pares, na consecuçãode objetivos puramente terrenais. Quem inaugurou, ou melhor, foi inaugurado no estilo de morte papal por envenenamentofoi João VIII, assassinado no remoto ano de 882. Cerca de dez anos depois foi a vez do papa Formoso ser misteriosamenteenvenenado na Santa Sé. Seu sucessor, Estevão VII, aparentemente incomodado com esse rápido falecimentoenigmático, fez questão de exumar o corpo do papa morto, excomungá-lo solenementecom as vestes pontificais, mutilá-lo, arrastá-lo pelas ruas de Roma e lançá-lo no rio Tibre.O misericordioso Estevão VII acabou morrendo pouco depois, trucidado pelo povo.

Em 904 o papa Leão V foi assassinado pelo seu sucessor, Sérgio III, que já havia tentadoantes se apoderar do trono pontifício, sem sucesso.Poucos anos mais tarde, o papa João X foi envenenado pela filha de sua amante, essaúltima mãe de seu sucessor, João XI.O papa João XI foi liquidado em 936. Em fins do século XIII.O papa Celestino V foi envenenado pelo seu sucessor, Bonifácio VIII.Especial destaque homicida merece ser dado ao papa Alexandre VI, um sátrapa queascendeu ao trono pontifício no ano de 1492 e logo cuidou de transformaro palácio papal um bordel. Seu tristemente célebre reinado de terror ficou marcado tanto pelo punhal comopelo veneno, freqüentemente utilizados por seus correligionários, com grande habilidade,para abrir caminho nas fileiras dos opositores.Traições sucessivas, luta de facínoras pelo poder, sangue derramado aos borbotões – talé o enredo secular da história dos papas.

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